quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Ayutthaya e os elefantes

E mais um domingo amanheceu em Bangkok. Adoro essa cidade vazia, cheia também, ela tem um que de interior civilizado que o meu lado menininha curte muito. Cheiro de jardins molhados com cafés 24hs. Acordamos antes de todo o mundo e nos apressamos para começar o dia. Eramos muitas, mas ninguém atrasou. Juntas pegamos táxi, seguido de BTS e ônibus ate chegarmos a rodoviária de  inter municipais. Ficamos perdidas durante uns minutos, nos achamos, nos perdemos, encontramos ajuda... O cara nos levou por um atalho que era um mercado de tecidos asiáticos e muita pirataria boa, achei até que ele estava nos sequestrando para fins sexuais ou transplante de órgãos... Sei la, né. Mas deu tudo certo. Amo o povo Thai.

Está ai... Thai, que significa livre. E em nenhum passeio anterior eu me senti tão Thai, como em Ayutthaya.

Compramos o Tiket em uma van ate o destino, a principio bem confortável, e posteriormente, super-lotada, bem como ônibus de linha. Eu, egoísta que sou, achei U-ó, tendo em vista que paguei 60฿ pela passagem. Fomos literalmente desovadas em qualquer parte da cidade, próximo a uma aglomeração de tuc-tucs. Parecíamos isoladas de qualquer coisa no mundo, a única saída parecia ser aqueles carrinhos. O planejamento, na verdade, era alugar bicicletas, mas nem sinal delas. Sabe, as vezes me sinto uma turista idiota com essas situações. O passeio de magrela era muito mais divertido e barato, - aluguel da bike 50 Baths. Aluguel do tuc-tuc, para 8 pessoas, 800 baths -  mas eles fazem questão de tentar me empurrar, guela abaixo, essas coisas bestas, acordos comerciais de exploração ao visitante. Até entendo, mas é chato pra caramba.

Ihhh, andar com mulher é sempre  uma complicação, né... Foi ai que nos dividimos. Cinco meninas queriam conforto e segurança, enquanto Kirsthen, Simone e desejávamos ansiosamente por uma aventura lúdica e romântica. Andamos atrás de algum lugar que nos alugasse a bike, mas putz, ainda estávamos no meio do nada, perguntávamos e ninguém falava inglês, fizemos mimica e até conseguimos uma carona ate a ruína central. Uffa, achamos as bicicletas e pronto, começamos a pedalar. Girls, put you records On!!!

Não demorou nada e os parques começaram a aparecer. Lugares mais antigos que o brasil em uma cidade que já foi comparada, em beleza e tamanho, com Paris. O clima era quente e úmido, mas nem tanto. Vi a famosa cabeça do buda entre as raízes da arvore, levei uma bronca pois não me abaixei para tirar fotos. Me senti tao ignorante ao desrespeitar aquela cultura que me fazia sentir bem. Vi muitas ruínas, Budas gigantes dormindo, budas gigantes de ouro. Entrei e sai de templos lindamente abandonados ao tempo, encobertos por grama e arvores velhas crescidas. 

ELEFANTES. Eles estavam la como o prometido. Imagine ir a Cuiabá e encontrar onça pintada, sucuri e jacarés no meio da rua. Eu os encontrei, carregavam pessoas ou só almoçavam perto dos lagos. Foi magico. Eles fizeram cocegas no meu braço com a tromba, o que me deixou com medo, mas eu chorei de emoção. Olhos doces e tristes, aquele tamanho todo simplificado num carinho. Bah, me identifiquei com o elefante, galera. E se tivesse de classificar minha vida inteira em uma lembrança, sem sombra de duvidas, esta seria a eleita. Depois de todo o esforço, ficar longe da família, de tudo, valeu a pena por me realizar em lugares assim.

A Volta foi de trem, por 5 Baths. Demorou muito, de mais... nossa! Mas foi lindo ver a Tigela de Arroz naquela perspectiva. 

Minhas experiências na Tailândia foram assim, simples e tentando seguir o roteiro cultural. As praias de la são maravilhosas, mas isso nos temos no Brasil, o Budismo, a historia, a culinária não. Tenho orgulho de conhecer a parte continental e alternativa da terra dos sorrisos, que me fez tao feliz.

Deslisei com os elefantes

... e descobri que invadi a Elefantovia.

As magrelas eram mais respeitadas do que os carros.

No parque histórico de Ayutthaya. A Cabeça do Budah nas raízes da arvore - um dos pontos procurados e sagrados da Thai. EU COM VERGONHA, PORQUE O GUARDA ME DEU BRONCA POR TENTAR TIRAR A FOTO SEM ME ABAIXAR. 



WAT PHA MAHTAT


Côco de almoço.


Pose para a foto - Ai, cansei.

A ESTAÇÃO DE TREM

A improvisação Thai


nenens thai

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pattaya - Thayland

привет!!!

Sábado de sol, aluguei um caminhão... (8) A musica até poderia ser essa, mas como eu era a única brasileira e o buraco foi muito mais embaixo, demos lugar a sutil melodia, "I got hangover/ I've been drinking to much, for sure". Chegamos em Pattaya, que fica a duas horas de Bangkok, na sexta de noite. A primeira sensação de que estava usurpando uma vida que não me pertence, foi ao entrar a casa em que ficamos. Condomínio fechado de chalés muito luxuosos de verão. Ar condicionado para todo o canto, quartos enormes, salas não menos imponentes, cozinha dos sonhos. Poderíamos ate ficar la o final de semana inteiro e seria super válido. Mas não... Nos arrumamos muito rápido e partimos para a night

Fomos para a rua esperar o táxi e já fizemos muito sucesso. Também, um monte de russas altas, magras, de olhos claros... Não esperaria menos barulho, nem aqui nem na China. Chamamos um Big TUC-TUC, eramos, sei lá, umas dez pessoas, precisávamos de um transporte grande e divertido. Descendo no endereço da balada, eu, que esperava um tranquilo pub, levei na cara uma rua inteira estilo Khao San Road. Luminosos de boates de Suckas da Russia e stripers, travestis para todos os gostos. Ual... Imagino que isso deva parecer medonho para a maioria das pessoas, mas os meus olhos se enxeram de excitação. Por mim, a balada podia ser ali mesmo no meio da rua, mas escolhemos um bar com musica ao vivo e muitos velhos escrotos acompanhados de prostitutas de qualquer outra parte do mundo. Foi divertidíssimo!!! Sem ironia.

Voltamos para a casa e não nos preocupamos em dormir. Encontramos todo o tipo de comida na geladeira. O nosso boss parecia uma fada madrinha com aquele iphone... Tinha o poder de ligar para qualquer restaurante e pedir qualquer coisa e não exitou em fazê-lo. Comi e bebi tudo o que não deveria. Admirei o sol nascendo de dentro da piscina. No dia seguinte ainda tivemos massagem na beira do mar e descobri que, se não gosto nem da famosa massagem Thay, não gosto desse negocio mesmo... Ai, me tortura... sei la.

De noite, fomos num clube legal para caramba. Não pagamos a entrada por sermos modelos. Dois ambientes, chuva de dinheiro e muitos indianos, foi o que vimos. Descoberta que, prefiro o eletrônico dos fritos ao Dance dos bêbados efusivos. Daí, você deve estar perguntando, "Mas moça, você não tinha ido para praia?". Calma gente. Fiz melhor que isso, no domingo, fui para uma ilha.

Nós, no Iate, no meio do mar durante duas horas. Eu, entupida de tudo o que conseguir imaginar agora, inclusive Mc Donalds. Minha náusea mandou um beijo para vocês. Mas valeu a pena. Lugar onde Águas claras como uma piscina, reinam. Almoço exótico e muitas fotos de recordações. 

Foi positivo conhecer tudo isso, mas realizei que estar na Tailândia é conhecer lugares incriveis, mas  não necessariamente praias. No Brasil, temos lugares e ilhas tão bonitas quanto, sem ter que enfrentar quase 30 horas de voo. A Thay é muito mais do que Puket, é inclusive, e na minha opinião, principalmente, a cultura, os templos, as cidades na Tigela-de-Arroz, os elefantes, a comida e a língua. E veio daí o meu desejo em conhecer Ayutthaya. Mas isso fica para um próximo post.

com Mateusz no big Tuc Tuc

café, cigarros, nutela e muitas besteiras. Queridas. Sabah e Yule

massagem nas pernocas finas




comidas interessantes

Minha Holandesa favorita. Khirsten.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ENTREI PARA O GUINNESS BOOK!

É SERIO!

A historia de como eu entrei acidentalmente para Guinness World Records. Sim, foi acidental... Mas dane-se, afinal de contas, ainda sim estarei lá.

Retornei em uma quinta-feira para Bangkok depois de uma temporada terrível de um mês em Jakarta. - odeio a indonésia!!! - Ual, foi quase como voltar a comer a comidinha da mamãe depois de anos, a tradução de alívio em si. Logo recebi a noticia de que teria que viajar para o interior no final de semana, direct-book, todos estavam reclamando. Essa é a mania feia dos modelos, reclamam de tudo feito crianças choronas. Eu estava animada, vontade de trabalhar, me sentir útil, fazer algo. Fui sem mesmo saber o cachê, estava satisfeitíssima em saber que era um fashion show e iria ser em  KRABI. - Pô, galera... Krabi é da-hora... Dane-se ser a 15 horas de ônibus. Vamos parar de estrelismo aí, pensei.

A viagem começou com atraso por culpa dos modelos e organizadores da ELITE. Tudo bem. Não tem problema. O ônibus era estilo asia, com espalhafatosos enfeites e cortinas, mas tinha TV e Ar condicionado. Até mais espaço do que imaginei, para ser sincera. Em qualquer viagem com a universidade eu pediria dois bancos para mim devido ao tamanho das minhas pernas, mas droga... Como fazer isso em meio a 50 modelos cumpridas???? Paramos para jantar depois de duas horas de viagem, o jantar era um mexidão de arroz com frango e ovo, era em pequena quantidade, mas também não como arroz depois das 17hs. Gosto da comida Thai, não tive porque reclamar. Pé na estrada, vamos que vamos.

SHIT!

Para entrar para a historia as coisas não podem ser tão fáceis... Se são, não tem graça nenhuma. O que eu estaria escrevendo nesse momento? Provavelmente um tweet de 140 caracteres. Aconteceu tipo assim, "Ops, o onibus quebrou. Está vindo outro lá de Bangkok, teremos que esperar aqui". Era madrugada, os mosquitos nos comiam e tinha uma 7Eleven no caminho - ah, como é bom comer besteira -. Foram quatro horas de espera, mais as horas restantes da viagem. Chegamos em cima da hora no ensaio e não tivemos nem café da manha.

Maldita Krabi a 15 horas de busão. Eu disse Krabi? Desculpe, me enganei... ELES ME ENGANARAM!!!! O evento foi em Hatyai, uma cidade próxima. Isso também pouco importou, não tive tempo quase nem para dormir. O almoço só chegou as duas e era uma porção minuscula do mesmo prato da janta anterior, só que feito com muito menos capricho. Nessa hora parei de achar tudo tão massa. Estava estressada. Então decidi indagar, "que trabalho é esse, produção? Porque tem tanta gente aqui?"... Achei a resposta patética, foi algo como: Bixa, você não sabe? Esse desfile vai entrar no livro dos recordes, é babado. Pensei comigo, "claro... assim como vou fazer um trabalho maravilhoso em um paraíso tropical". E que droga, esquisitice asiática... pra que tanto modelo??? Ai, cansei de ser sexy.

Fizemos o desfile... 300 e tantos modelos... Foi uma bagunça divertida, era mulher pra todo canto, gente tirando e colocando roupa, maquiagem para todo lado. Optei por fazer a minha make-up e fiquei parecendo a filomena, mas ainda sim foi menos estressante do que esperar a minha vez naquela fila gigante. Quando deu a hora de descer para o desfile, que foi em uma passarela enorme montada na rua, o que era aquele maldito calor? Essa foi a hora em que vi o Gringo representante do Guinness. 

Bah, é para o Guinness mesmo? Beleza então. 

No encerramento ficamos enfileirados na passarela por uns 20 minutos até a solenidade acabar. Droga, foi o tempo mais longo em cima de um salto em toda a minha vida. Voltamos para o hotel, o dono da minha agencia nos agradeceu em uma reunião, jantamos em um restaurante maravilhoso, as meninas foram pra balada e eu dormi o sono merecido. Acordei cedo, café da manhã gostoso de hotel, exótico, mas super válido. 

Pé na estrada pois tempos mais 15 horas de viagem. Dessa vez pudemos escolher a comida e encontramos uma variedade incrível de alimentos que fariam até um baiano dar-para-trás. Eu, que não sou besta nem nada, pedi o meu Pad Thai, um macarrão tailandes maravilhoso. Tudo estava indo bem até que, OPS, GALERA, O BUSÃO QUEBROU DE NOVO. Senta na calçada e chora com os mosquitos. Meu-Deus-eu-só-quero-minha-casa!

Não dei importância nenhuma a esse evento até semana passada, quando o certificado de participação chegou. Poxa, então era verdade... Ainda assim passei alguns dias sem perceber o quanto era legal, pensei ate em deixar aquele pedaço de papel por ai, quem se importa? Não sei, mas é melhor guardar, pois no livro dos recordes, provavelmente, não terá meu nome. E já que gosto tanto de contar estorias das desventuras aventuradas que levo por esse mundo a fora, certamente essa é uma delas. É legal ter uma prova de feitos tão esquisitos. 

O desfile com o maior numero de modelos da historia do planeta Terra. Eu estive lá!





foto de Saga Sachnik
BACKSTAGE

foto de Saga Sachnik


foto de Saga Sachnik

foto de Saga Sachnik

foto de Saga Sachnik
THE ONLY MODELS

foto de Saga Sachnik
VISTA DO HOTEL
foto de Saga Sachnik


PROVA DO CRIME
foto de Saga Sachnik
PÉ NA ESTRADA
foto de Saga Sachnik


foto de Saga Sachnik


Agradeço a Saga Sachnik pelas fotos.

domingo, 26 de agosto de 2012

Tardes vãs suspensas



Acordei tarde com a luz se esparramando em meu corpo nu envolvido no lençol. Domingos claros de agosto. Bangkok me proporciona uma sensação de lar inacreditável, a diferença é que o agosto daqui lembra o janeiro lá de casa. Minha estação favorita. Despertei sentindo falta dele e fiquei como uma gata, embaraçando na minha cama de solteiro grande.

Percebo que apaixonada, me perco em imagens imaginadas. Tudo o que experimento, seja gosto, cor ou moveis, só faço sentir falta da companhia para compartilhar meu estranhamento ou contentamento. Pensando bem, o tempo tem sido muito generoso conosco... Sei que ele odeia a minha contagem, mas insisto me apaixonar mais em cada dia, desde a ultima vez que meus lábios o tocaram... Lá em abril.

Levantei da cama e tentei usufruir de cada gota quente do banho. Sem perceber, espirrei o perfumei que ele gosta... Fazia tanto tempo que não usava essa colônia... Que gostoso, trouxe para perto os dias de amor. Desejei pães-de-queijo e perdi algum tempo cozinhando, coloquei para assar, fiz chocolate gelado para sentar na varanda e deliciar a solitária privacidade domingueira. Sorri sozinha... Lembrei de um dia em que senti a mesma vontade incontrolável e o meu bem, tão querido, realizou para mim. Preciso ouvi-lo... Preciso!

Foram minutos dengosos. Sou a garota dele, ah, sou sim! Desliguei o telefone e imediatamente uma chuva muito forte começou a cair. Ainda assim o sol teimava e não ofuscar, a luz mais forte que senti. Sonhei acordada com ele do meu lado naquela hora. Mais do que isso... Admito, morrendo de vergonha, que consegui ver nossa casa, a varanda, banco de madeira, balanço pendurado na arvore, nosso pão-de-queijo, nossa preguiçinha dominical.

É doce pensar assim. Se ao lado dele estiver, parecem tão mais românticas as coisas simples da vida. Casa pequena, quintal de terra, redes e mosquitos, poças de água de chuva no chão. Praia ou montanha, mato ou cidade. Ou um pouquinho do mato no meio da cidade, não me importaria em regar o nosso jardim em um agosto seco. Como somos impetuosos juntos... Como ele é metido, galante e amável. Ele me confunde tanto naquela vontade toda de viver. Convencido, disse que sabe dos meus segredos... Mas eu não confesso, não mesmo, a não ser que agora ele conte os dele também.

Que medo disso. Não de sentir, na verdade temo soar precipitada. Mas, sim, prefiro ser romântica. Assim como prefiro pensar na beleza da ideia de estarmos morando distantes, mas ainda no mesmo lado da Terra, lado aonde o sol vem se esconder.

Ah, o sol... Na rua e no meu coração. A ânsia por um novo encontro não faz mais questão de camuflagem. Nossos olhos já terão visto outros oceanos, mas estaremos ali. Meu corpo outra vez nele e então o nosso tempo. Nosso horizonte sem fim. 

Enfim. Posso agora dizer da forma mais boba, confessar... “Essa tarde o sol foi só por você”.

varanda da casa de modelos

domingo, 24 de junho de 2012

Devorando a Thailandia


Comer, beber e amar. O resto não vale um níquel - Lord Byron

Doce e querida Bangkok. É divertido pensar sobre as minhas viagens até aqui, todas as impressões que tenho sobre as cidades estão relacionadas a cheiros e sabores, especialmente. Se o lugar imprime, nessas características,  identidades que me agradam, passo a tratar com carinho, se não, acho tudo uma grande merda. A Veneza do Oriente tem me enchido de pimenta e aromas que lembram muito a minha Hell city.

Ademais o home-feelings, que nem sampa conseguiu estampar com tanta competência, Bangkok me da uma apresentação muito sutil sobre a Asia, é uma mistura interessante e espiritual entre o Brasil e o oriente. Brasileira que sou, não posso negar minha paixão instantânea por toda essa bagunça.

Aqui os cheiros, temperos e tamanhos são mais expressivos... Doce de mais ou salgado de mais. E se vamos por pimenta e alho... Coloca sem dó a pimenta e o alho, irmão!!! Achei que estava sonhando quando encontrei na prateleira do supermercado Lactobacilos vendidos em embalagens grandes. SIM, GENTE... YAKULT 2L. Comer bichos estranhos é de fato uma experiência que levarei para a vida inteira, não só pelo sabor, que lembrou muito o skyne que comia na infância, mas pela coragem em si. Eu precisava disso, queria ver ate aonde o meu estomago honrava a minha personalidade forte.

As vezes me bate aquele frio no estomago, não estou falando de dor de barriga... Em meus plenos e honestos 20 anos, não sei se estou preparada para entender todas as informações que tenho recebido. Meu coração ainda nem sabe direito qual profissão seguir na vida... Será meus olhos estão sabendo aproveitar cada visão de novas terras e oceanos? Na duvida, tenho devorado cada pedacinho com muita ânsia de informação. Prefiro estressar-me com o que vejo do que contentar-me com a ignorância.

Haja pimenta. Haja paixão. Haja arroz. Curte que eles curtem!


FEIRA AO LADO DO GRAND PALACE - COMIDA BARATA E BOA

KHAO GAI YAND - arroz com frango - 50,00 bath
RESTAURANTE CARO NA FRENTE DO BUDA RECLINADO
KHAO PAH GOONG - 120,00 bath
SUCOS DE GELO - a partir de 25,00 bath

ESCORPIÃO EM KHAO SAN ROAD - 30,00 bath

YAKULT 800ML - 40,00 BATH

MC APIMENTADO E THAILANDES.

domingo, 17 de junho de 2012

BTS - Bangkok

Andei meio down em Sampa nesse ultimo semestre, nada mais era novidade. Posso estar sendo injusta com a cidade que mais me encanta no mundo, mas precisava mudar de rotina. Andei aqui... Aí... Ali... Fui deixando o acaso escolher meu destino. Ele me trouxe para a Asia. E é enquanto sampa dorme que eu desenrolo mais Desventuras, ou aventuras, ou qualquer cotidiano tedioso. Aos meus olhos e sem posar de guia de turismo, a primeira historia na encantadora Thailand. 

BTS - Bangkok - Thailand.

Sábado de manha, acordei empolgada pois tinha meu primeiro teste de TVC aqui na cidade. Ainda estou  desfrutando as novas cores, ruas, letras e cheiros. Não cansei de ficar encantada com as bandeiras penduradas nos portões de todas as casas, ricas e pobres, e confesso meus pulos e escândalos que persistem em quando os ratos cruzam a calçada em frente aos meus pés.

Ademais o inglês se habituando aos sotaques e novos vocabulários, deu certo. Depois do casting fomos ao shopping, não pretendia comprar nada, mas precisava conhecer o que esse povo sorridente costuma consumir. Almocei uma maravilha culinaria chamada Pad Thai, que nada mais é do que um macarrão com broto de feijão, camarão e amendoins. Desculpa, mas o desespero foi tanto que nem tirei fotos.

Daí que a Vera, a pessoa que cuida das modelos, as 14hs, ligou para todo mundo com a seguinte mensagem "Você deve estar em casa AGORA. Reunião com o Boss". Todo mundo tinha saído na sexta feira. Todo mundo com culpa no cartório. Todo mundo com o olho estalado e andando ligeiro.

Aqui quase não andamos de metrô. Sempre dividimos um taxi, é mais barato do que o BTS - que é calculado de acordo com  a distancia do desembarque - Mas devido a situação em que estávamos, a opção mais rápida era essa. Um trem moderno, caro e que corta todo o trafego por uma via em cima das avenidas.

Beleza... fui comprar o tiket. Acho que usei toda a arrogância do mundo quando achei que o sistema de venda dos bilhetes era igual a sampa. Olhei no quadro informativo quanto ficaria para ir ate a minha estação, me dirigi ao Ticket Office, entreguei o dinheiro... A mulher me devolveu moedas e nada e ticket... Dei mais dinheiro... Ela me devolveu mais moedas... Mas que droga! DEI MAIS DINHEIRO E A FILHA DA PUTA ME ENTREGOU MAIS UM PUNHADO DE MOEDAS. Mãe, me ajuda.

Quando questionei, ela me respondeu qualquer coisa em um idioma alienígena, não era nem inglês nem Thai. Olhei para a minha colega ao lado com uma cara de choro e tentei explicar o meu desespero... Ela pegou o dinheiro da minha mão e me disse, "Calma, querida... Aqui só serve para trocar o dinheiro por moedas, a maquina só aceita moedas de $5 e $10 Bath". Me pegou pela mão como um bebe, comprou o ticket pra mim. Só as maquinas vendem passagens.

Nossa... acho que queria minha casa, meu país, minha língua mãe. Tudo deu certo no final e a vergonha também já passou. E é isso aí... Mais uma historia honrada das Desventuras de uma New Face. Curte que eles curtem!




ESTAÇÃO BTS VICTORY MONUMENT
KARLA - PENDEJA - NA ESTAÇÃO THONG LOR BTS

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Daí Veneza.




Oi mãe, estou na Turquia.

Já que estou indo para Bangkok – a Veneza do oriente – vou aproveitar o tempo de conexão para escrever sobre o meu final de semana em Veneza – a verdadeira e italiana.

Era uma vez o embarque prioritário da AirFrance em Paris. Uow... *-* foi elegante. E nossa, como as coisas ficam ao alcance das mãos na Europa. Juro que Paris-Venice demorou menos do que Sampa-Cuiabá.

Aeroporto sem graça. Ah, tenho meus motivos em reparar Aeroportos internacionais. Enfim, lá comprei um taxi-barco até meu hotel. Preço único de $110,00 Euros.  Mas dá para encontrar mais barato. Programando esses detalhes da viagem do Brasil, especialmente.

Desculpe a burrice, mas para vocês é tão obvio que não existe ruas para carros lá? Para mim não era. Achava que tinha aquelas gôndolas, mas só coisa para turistas. Pois é, careteei quando vi aqueles barcos ACTV, que tem a função de transporte coletivo no canal principal. Daí #comofas dentro da city? Pernas pra-que-te-quero, meu bem.

Fiquei no Hotel Regina-Europa. Lindo... Café da manha em frente ao canal principal, e tudo de mais importante estava a alguns passos ou barcos. Acho que era caro para nós simples trabalhadores brasileiros. Mas a cidade está cheia de Albergos. Entrei em um e o valor de um quarto para três pessoas era $120,00 euros. Puts, imagine o preço de um hotel.

Comi em restaurantes inesquecíveis, caros, baratos. Sempre elegantes. Não deixe de experimentar o sorvete italiano. Meeeeeo Deus. Só digo isso. É fácil achar aquelas barraquinhas em qualquer rolê pela cidade.

Mito. Veneza não fede. Pelo menos não no período de tempo em que estive lá. A água é de um verde maravilhoso, mas também não me atrevi a sequer toca-la.

Fatos. A pizza inteira é prato individual. Cuidado com os pombos, eles atacam. E Cidade romântica? Não sei se é verdade. Mas que dá pra fazer sacanagem nos bequinhos mais periféricos... He He He. Isso é fato.